segunda-feira, 22 de julho de 2024

a minha juventude

22/07/2024
sabe talvez, o envelhecer, a experiencia, realmente seja o magnifico da vida, esses últimos meses venho sofrendo muito, mas venho apreendendo, acumulado experiencias, e tenho tido contato com experientes (te amo mãe). 
minha idosa gata akira, sempre tem muito a me ensinar
hoje ela veio pro meu quarto, subiu na minha cama
e recusou qualquer carinho, também não agressivamente
foi bem polida, usou a mãozinha dela sem as garras pra eu me afastar
ficou parada, no cantinho dela
ronronando sozinha
aproveitando sem nenhum carinho, só o momento da minha companhia.

sabe, o complexo da existencia dela, até me dá uma duvida, se é a qualidade da minha companhia, ou só o jeito dela de se expressar, mas pode ser isso uma prova da inteligencia dela, talvez ela saiba quando eu to muito bem e aproveita esses momentos pra me usar de boa companhia, porque hoje nesse exato momento eu estou radiante de felicidade, por motivos especificos(risos risos), mas também porque eu finalmente consigo ver a minha vida tomando alguma rédea mais saudável de novo, sabe sair de casa e fazer coisas e tipo estudar e tal, isso tudo tava sla mto dificil, mas sinceramente cada dia essa realidade claustrofobica e agorafobica vem me parecendo mais distante apesar de ainda ser um pouco a realidade, e talvez eu me sinta boa companhia o suficiente pra vir aqui de novo e falar com vocês mais formalmente amigos da internet e afins :) 

então vou aproveitar e por o papo em dia!!

essa minha depressão de agora................ por falta de melhores palavras eu diria que ela foi engraçada, assim eu chapei varias vezes, eu me diverti muito, não ironicamente sério, rindo com a minha mãe, observando a minha gata, ouvindo música, recebendo visita, e hora ou outra até saindo um pouco nos dias que eu sentia menos dor e disforia olha só que legal, nessas saídas eu desenvolvi uma amizade com a minha mais nova melhor amiga clarice pelotas, uma mulher interessantissima, de 18 anos e muitos sonhos, a gente se aproximou rápido, no inicio do periodo do meu primeirissimo termino, e ela foi tipo um baita ombro amigo e a gente só ficava falando de papo filha da puta triste e isso meio que me ajudou a por muita coisa em dia, mas também, lidar com essas coisas com uma leveza maior sabe, porque a clarice ela tem um olhar fascinante pras coisas, o jeito que ela absorve e interage com o mundo é uma das caracteristicas que eu mais admirei em alguém em minha vida, porque na filosofia de mundo que eu consigo tirar dela, parece que rege sempre um enorme Resenhová que qualifica tudo o que acontece por uma base diferente sabe, das sociais,  das convencionais, das humanas e mesquinhas convenções, e isso dela, não ironicamente me inspirou muito, a ficar de boa, que foi o que eu passei a fazer pra sofrer menos na depressão, de algum jeito eu passei a cultuar o mesmo Resenhová que ela, e agora eu sou uma mulher que pelo menos se esforça pra aproveitar e ser feliz, mesmo, por muitas vezes profundamente deprimida, o que
é tipo uma merda sabe mas não tem muito o que fazer sobre além do que eu já estou (e meio que tá dando certo agr olha que legal)

eu falo sobre a clarice de um jeito parecido que eu falo sobre a minha gata isso é engraçado

nesse meio tempo eu fui tipo em um monte de show também e eles foram tipo incriveis e mudaram minha vida, dois deles sendo das tournes dos meus dois álbuns favoritos de 2023 que talvez você lendo saberia quais são se eu não tivesse depressão e feito minha lista ano passado!! então eu vou aproveitar aqui e fazer uma mini analise pessoal dos dois + com o contexto dos shows


em maio de 2023, eu tava muito deprimida mas não em um estado de depressão, tava faltando o cursinho pre-véstibular que eu jurava que não ia abandonar, pra ir pra SP, com um intuito em especial, que era ver o show do black country new road, finalmente vindo pro Brasil pela primeira vez, sabe, nessa epoca eles já eram uma banda muito especial pra mim, eu ouvi e ouvi e ouvi e pensei sobre e ouvi de novo os dois
álbuns de estúdio deles, for the first time e ants from up there, dois álbuns que em quesito som e emoção são dois gigantes, a banda trabalhava toda em volta do aspecto som-emoção, que era capitaneado pelo isaac wood que como cantor e compositor lírico das músicas, sobrou na entrega de um certo tipo de sentimento sabe, pra mim toda letra já escrita por ele parece que quer capturar esse mesmo fenomeno específico, que desconforta tanto ele e da pra sentir isso em absolutamente todas, um tormento especifico, meio igual a dor no dente é descrita nas memorias do subsolo, esse unico pequeno sofrimento que você carrega, que você não sabe se é pra sempre, mas vc n lembra mais como é não sentir.
eu me identifico muito com as letras do isaac wood, e eu fiquei muito triste, quando ele saiu da banda por conta da depressão, foi um baque, e eu já senti muito por ele durante todo esse tempo, por isso eu acho live at the bush hall, álbum ao vivo com músicas originais que a banda lançou pelo inicio de 2023, tão lindo porque tipo, eles também tiveram muito a sentir com tudo isso

o mesmo vazio implicito nas composições com o isaac, eu sinto que é preenchido nas músicas que a banda fez, para ele, elas funcionam quase que um jeito não-verbal, assemantico, de expressar amor pra ele, e pra eles como grupo, com o sentimento sendo carregado pelos diferentes membros da banda que cantam pela primeira vez no projeto, suas proprias músicas, na qual eles não só expoem essa mentalidade mas também suas proprias personalidades líricas e estilisticas, essa certa liberdade foi muito bem refletida no som todo do resultado final, as músicas soam mais progressivas, bonitas e suaves do que jamais soaram na banda, é uma apresentação linda que me deixa muito emocional

e o show, dessas músicas, meu Deus foi mágico, eles soavam melhores das que nas gravações e o sentimento todo lá era emocionante, eles são uns fofos e queridos e fizeram um show absurdo, eu considero esse dia como a minha experiencia etérea do fim de adolescencia, o que é engraçado porque eles tinham meio que uma tematicazinha de baile de formatura, o que foi perfeitamente conveniente pro que esse show foi pra mim, eu tive o grande prazer de aproveitar esse dia junto com meu amigo grande amigo matto altermativ, que me pagou dois choppinhos que foram de cria demais. 

enfim o mais curioso sobre esse show no quesito pessoal, é que todos aqueles sentimentos de saudade e distanciamento e tal, estavam prestes a serem replicados na minha vida pessoal e eu não sabia direito, porque nessa viagem, me despedir da adolescencia com o "baile de formatura" não foi a unica despedida que me foi proporcionada, porque no dia seguinte, de uma segunda qualquer, seria a ultima vez que eu veria o meu ex-namorado, o que foi sinceramente um momento bem marcante pra mim, na nossa despedida, que até o momento era uma de rotina, era um relacionamento a distancia então normal ter despedidas,  mas naquela vez, enquanto a gente se abraçava, eu lembro de uma coisa, ele me agradeceu, na hora parecia que era por nada, mas depois eu entendi.
foi uma despedida muito não-linear, o namoro só acabou dois meses dps daquilo, mas fez sentido, visto que o show foi importante pra mim de um jeito tão linear,  tipo muito desse sentimento das músicas e do álbum bateram ainda mais depois do termino, e eu pude talvez enxergar esse momento todo com mais beleza ainda, então por isso obrigada izzy :)

e o outro show, que na verdade foi esse ano (!!!)  foi da tour do space heavy do king krule, o meu álbum

favorito do ano passado (provavelmente da decada também), foi tipo 4 de março eu acho?? eu tava muito chapada, e tipo não só esse dia mas todos os outros 3 meses seguidos que precederam esse, foi uma streak genial, foi um momento otimo pra mim, nessa epoca, eu aproveitei muito dos tais ensinamentos dos facéis prazeres, passei meses com a minha familia, me sentindo muito bem, e eu sai desse ambiente de perfeição, logo de novo pra SP mas dessa vez com a energia sendo totalmente outra, a sensação de junto da minha irmã e cunhada, ir pro show do meu álbum favorito da decada, foi tipo só a coisa mais foda do mundo e uma resenha absurda

que também foi muito condizente com os temas e sentimentos que eu tenho em relação ao álbum, pois, eu aprendi a me conectar inteiramente com ele durante, meus maiores momentos de desassociação, tendo ele como uma matéria que apesar de tão abstrata se formava como concreta pra mim, um objeto solido, de melancolia mas também de solitude, de depressão absurda, mas também de uma grande sensibilidade, e de dor mas também de amor, soa estranho falando mas o álbum também é totalmente integrado na desassociação, e nela, mesmo nela, eu consegui me entregar pra beleza das melodias, e nelas eu te garanto, que eu conseguia enxergar uma alma de novo, no meio de tudo aquilo, ir pro show na streak de chapação, foi só mais emocionante por conta disso tudo, naquele momento eu era eu mesma na melhor e mais complexa forma de 3 meses fumando sem parar, a minha melhor forma pra lidar com casualidade, a magnitude daquele dia tão lindo. teve um momento em que eu cantava seaforth com todo meu coração, o archy olhou pra mim, repetindo silaba por silaba ao mesmo tempo, e deu um sorriso, e acho que era pelo mesmo motivo em que eu estava tão feliz, foi muito bom

btw o daniel furlan tava la e eu tirei uma foto horrenda com ele eu não vou mostrar
mas ontem por acaso eu tirei a foto mais linda minha que eu já tirei na vida
 



















obrigada por ler :)

quarta-feira, 19 de abril de 2023

desenhos feios


quando eu tinha por volta dos 8-9 anos eu praticava venda ilegal na minha escola, ilegal porque era estritamente proibido vender qualquer coisa lá, o que é bem entendível sendo sincera, dar a capacidade de movimentação econômica na mão de crianças não é a melhor das ideias, e por uma necessidade não explorada, essa regra não me impediu de seguir minhas vontades. eu não fazia isso pela adrenalina já que eu genuinamente tinha muito medo de ser pega, não era também pela rebeldia porque eu respeitava muito os adultos e muito menos era pelo dinheiro porque o meu produto só custava 5 centavos.


acontece que se algo era irado ele era acessado a partir de compra, isso é algo que é muito obvio na nossa cabeça quando a gente era pequeno, pelo menos na minha era, tinham todos aqueles comerciais, tipos os de brinquedo, que me pegaram muito pelos meus 3 a 6 anos de idade.


tinham as camisas maneiras e acessórios geeks que eu ficava namorando na internet, eu lembro que eu queria muito uma mochila que era no formato do casco do bowser.


tinham os vários videogames com ideias e possibilidades de interatibilidade nova.
por volta de 2010/2011 por exemplo eu fiquei muito maluca no dia que meu pai me mostrou no jornal, a existência dos skylanders, que era aquele jogo que você comprava os bonequinhos e colocava eles num portal e eles viravam personagens jogáveis.


 
e talvez o que mais me batesse no coração eram os conteúdos extra, de mídias que eu já tinha acesso, meu sonho de criança, era ter todos os quadrinhos do hora de aventura que eu via sobre na horadeaventurawiki e ter todas as temporadas completas em CD pra eu ver os episódios na hora que eu quiser. 

e tipo essa exposição, não pegou direito na minha cabeça, até porque, o que eu sempre achei mais legal (mesmo sem saber exatamente na época) era arte, e no fundo do meu coração arte sempre foi a coisa mais impressionante e absoluta possível, por isso que no momento na minha infancia, em que eu tive a maior necessidade no meu coração de tentar desenhar e expressar o meu conceito de maneirice, era lógico, que pra minha arte fazer sentido, eu tinha que vender ela, e era isso que eu vendia na escola com um slogan que pra mim até hoje, é enigmático "desenhos feios!! 5 centavos!!" esse era meu produto. 


sendo sincera eu sinto muita pena de mim mesma lembrando disso, ao mesmo tempo que eu queria que o que eu fizesse fosse valorizado (a partir do ato de vender), a graça do que eu fazia, é que ela não tinha nenhuma possibilidade de ter valor, não só pelo preço ridículo como todo o produto era baseado no quão ruim ele era. eu não desenhava parecido com traço de mangá, nem com traço dos gibis maneiros que meu pai pegava na biblioteca de vez em quando, ou com as fanarts da internet, muito menos com o estilo das animações do cartoon network, eu desenhava igual a uma criança de 8 anos sem experiência, então com medo de me zuarem, eu já fazia esse trabalho pelos outros, o que não me impediu de ter meu coração partido quando eu fiz o desenho que eu mais me orgulhei de ter feito na época, que era de uma batalha pokemon entre um charmeleon contra um buizel, toda bonitinha e charmosa, e eu simplesmente perdi ele, em troca de 5 centavos que eu não ia usar pra nada, pra ainda por cima o garoto mais velho que comprou amassar e tacar no lixo na minha frente.


eu só queria participar, do universo de criatividade, estética e emoção, e essa experiência meio que foi algo que me afastou durante anos, de sequer pensar em pegar um lápis de novo, e desenhar qualquer coisa mesmo que fosse só pra mim, sabe como se ainda existisse aquele mesmo fantasma de desaprovação que me entristeceu tanto, não era nem essa memoria que vinha mas o mesmo sentimento.


desde que eu comecei a desenhar pra valer a alguns dois anos atrás, vem sendo difícil não sentir que os meus desenhos, vem da mesma origem dos desenhos feios da escola, o que eu faço é principalmente no mouse e no mspaint, o que são recursos engraçados pra dizer no mínimo, e a beleza ou estranhice do que sai é completamente do coração e do sentimento, afundado em uma necessidade muito genuína minha de por em imagem e textura algo que me faz sentir qualquer coisa, as vezes sai muito bom as e foge da norma da feiura, as vezes fica bem questionável, e nunca exatamente a questionabilidade é obvia, ela fica internalizada em tudo que envolve aquele arquivo, é uma condição bem permanente de resultados brutos. e é um dilema, saber se eu quero escapar disso ou não, porque no fim os desenhos feios não eram tão feios, eu amo arte infantil/arte naiff, aquilo tinha valor, eu aposto que se eu visse eles de volta hoje em dia eu ia amar e guardar cada um com muito carinho, mas vale a pena seguir esse caminho?


toda vez que eu percebo que eu to melhorando muito com a minha arte, eu fico insegura de não tá sendo mais honesta comigo, de estar escapando do que me define como interessante, e eu começo a fazer tudo de mais horrível possível, por uma vontade de regredir. e o pior é que esses horríveis eles são não muito gostáveis pra quem eu mostro, mas eu sinto orgulho deles, é uma auto reafirmação que eu não sabia explicar até então, meio parecido com a situação do desenho jogado fora, e eu não quero repetir isso. se não se importam, eu vou aqui expor os meus novos desenhos feios, aqueles com uma composição porca, mal gosto, uso tosco de cores e com pouco esforço e energia envolvidos, eu não preciso me definir artisticamente por eles, não só eles que existem, mas meu Deus como eu os amo. 






asas de rato, 2022













dia de sol, 2022










garoto mais fraco, 2022













alvo sensível, 2022












visível, 2022












 (incompleto e sem titulo), 2022











'no mundo sem cor, jesus não é pintado', 2022











te amo, 2021












(sem titulo), 2022












(incompleto e sem titulo), 2022















lixo me hospitala, 2023
















(sem titulo), 2023















(sem titulo), 2023















gnomos apagaram o meu dever de casa, 2023













desenhos feios, 2022














  
koala legal da silva, 6/12/2012



:,) 








eu recomendo os desenhos feios.




terça-feira, 22 de novembro de 2022

Poços com fundo.

um tempo desses eu tava conversando com um amigo querido sobre incômodos aleatórios que eu tinha na infância, e foi muito engraçado ver a reação dele em relação as coisas mais fúteis que eu tinha agonia, por exemplo eu odiava dinossauros porque eu não achava maneiro eles serem muito grandes, o tamanho enorme deles me dava um desconforto, e não por eu ser pequena mas sim que dentro do viver deles o espaço era organizado de um jeito muito mais caótico. e bom, supreendentemente, o jeito que ele reagiu, foi com muita normalidade, como se fosse uma parte não verbal super característica de como eu sou. ou seja, em algum nível a pessoa que eu sou hoje em dia, é intrinsicamente uma pessoa que odeia dinossauros.

isso pode ser bem lunático, mas é uma analise verídica da minha personalidade, um pontinho dentre vários que se conectam e me fazem ser como eu sou, e sinceramente analisar as pessoas desse jeito bobo é algo bem engraçado, essa interação me deu conta de que isso é algo que eu pelo menos faço bem cotidianamente no meu subconsciente, e assim eu não sou do tipo de pessoa que fica pensando muito como os outros se comportam, até porque eu acho tudo relacionado a interações sociais extremamente imprevisível tal qual um filhote recém-nascido tentando entender o mundo ao redor (pra mim essa é a graça de interações não sei vocês), mas eu penso muito sobre como personagens fictícios se comportam, e eu sei que isso é bem normal mas eu tenho opiniões.

 

a analise dessas excentricidades super especificas, não verbais e intrínsecas, ou melhor esses detalhes que podem sair de um personagem, vem muito especialmente porque ele são escritos por inúmeras pessoas em vários contextos diferentes, e os tais "plot holes", ou tipo defeitos na caracterização de um personagem com consistência, são parte essencial do que forma a personalidade, profundidade e ironicamente coesão. 


um exemplo forte pra mim seriam todos os personagens do hora de aventura, que passam por tantas situações diferentes que faz com que certas pessoas cheguem a questionar a qualidade do desenho, que por assim dizer "sofre" de fato de mil mudanças de formula, tema e tom o tempo inteiro, mas o que é difícil de entender, é o quão isso é um dos principais motivos de que a série é tão bem escrita.



uma das coisas que mais me pega em hora de aventura é o quão os roteiristas conseguem arranjar muito bem, o que o espectador vê e não vê, em prol de uma relação mais humana com cada característica dos personagens. exemplo rápido, quando o finn conhece a princesa de fogo, o que acontece no fim do episodio é que ela simpatiza com o choro dele e foge da vila que ela tava atacando deixando o finn lá, sem mais conversa, sem amizade, um desenvolvimento pequeno, 15 episódios depois, na próxima vez que ela aparece no desenho, eles já não são somente amigos, como tem um interesse romântico em comum, e se beijam no final desse episodio, além de que o contexto da princesa mudou completamente, ela não tá atacando ninguém e nem tem intenções de fazer nada errado, o que em episódios seguintes foi desenvolvido como ela tentando se distanciar da maldade que o pai dela projetava nela, ou seja, o desenvolvimento todo da relação do finn com ela de um episodio pra outro foi feito completamente atrás das cortinas, e uma inconsistência dela tinha uma explicação.

da pra argumentar que o exemplo não faz sentido porque tinha uma explicação, mas a questão é que toda incoerência em caracterização, vai adicionar em algo, e isso fica muito obvio com o exemplo que eu dei, a incoerência da bondade repentina da princesa de fogo, se tornou um dos principais arcos dela durante o programa, e vários outros detalhes essenciais não vão ser explorados como esse foi, mas eles vão ser uma adição pra profundidade e imprevisibilidade pros personagens, o mais perto de uma materialização que eles poderiam receber.

é um recurso tão simples de roteiro mas que tira completamente a artificialidade da sua conexão com os personagens, e que é um padrão bem engraçado na maior parte das minhas mídias favoritas, como se fosse um pontinho dentre todas elas que as conecta de um jeito tão especial, que me ajuda a conectar com elas. 

eu recomendo os buracos